PORTARIA Nº 7481, DE 06 DE OUTUBRO DE 2015
(Revogada pela Portaria nº 8028, de 05 de outubro de 2016)
Dispõe sobre o funcionamento do Ministério Público do Estado do Espírito
Santo no período de recesso da Justiça.
O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no exercício das
atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 10, inciso VII, e pelo artigo
188 da Lei Complementar Estadual nº 95/1997 e,
CONSIDERANDO que, na esfera do Poder Judiciário, o período de
20 de dezembro a 06 de janeiro, denominado recesso da Justiça, é definido, nos
termos da alínea “e” do artigo 141 da Lei Complementar Estadual nº
234/2002, como feriado;
CONSIDERANDO que os artigos 177 e 178 da Lei Orgânica do
Ministério Público do Estado do Espírito Santo asseguram, expressamente, a
extensão a esta instituição dos feriados previstos em lei, bem como a aplicação
das regras da Lei de Organização e Divisão Judiciária local;
CONSIDERANDO as disposições do Ato Normativo nº 237/2014, da
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, que disciplina
o recesso da Justiça, aplicando-se, no que couber, ao Ministério Público do
Estado do Espírito Santo;
CONSIDERANDO a importância de normatizar o funcionamento do
Ministério Público do Estado do Espírito Santo no período de recesso da
Justiça, a fim de garantir o atendimento às demandas urgentes, excluídos os
casos de plantão judiciário;
RESOLVE:
Art. 1º Regulamentar, em caráter permanente,
o funcionamento do Ministério Público do Estado do Espírito Santo durante o
recesso da Justiça, compreendido no período de 20 de dezembro a 06 de
janeiro, excluídos feriados, pontos facultativos e finais de semana.
§ 1º O Ministério Público do Estado do
Espírito Santo, no período de recesso da Justiça, funcionará
ininterruptamente, em regime de plantão presencial, no horário de 12 horas às
18 horas, conforme escala previamente estabelecida.
§ 2º Os membros e servidores, no período
de recesso da Justiça, deverão desenvolver as atividades ministeriais em
sistema de rodízio diário.
§ 3º O período de recesso da
Justiça destina-se à apreciação de causas de natureza urgente e, no que
couber, das matérias elencadas no artigo 2º do Ato Normativo nº 237/2014, da
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.
§ 4º Todos os prazos processuais, bem
como as publicações de decisões, ficarão suspensos no decorrer do
recesso da Justiça, exceto as medidas consideradas urgentes.
Art. 2º A escala de plantão de recesso dos
Promotores de Justiça deverá ser elaborada seguindo os seguintes critérios:
I - a Região I deverá contar com atendimento diário de
dois Promotores de Justiça de esferas distintas de atuação, os quais cumprirão
o plantão em sala própria, localizada na Unidade Avançada do Ministério Público
do Estado do Espírito Santo;
II - as Regiões de II a VII deverão contar, cada uma,
com um Promotor de Justiça, que poderá optar por cumprir o plantão no Fórum
plantonista, na sede da Promotoria de Justiça da comarca onde estiver sendo
realizado o plantão ou na sede da Promotoria de Justiça em que exerce suas
funções, considerada a Região do plantão;
III - o membro, em acúmulo de atribuição na mesma região, deverá
integrar somente uma escala de plantão;
IV - a escala do recesso deverá acompanhar a escala de
plantão ordinária;
V - deverá ser considerada, se possível, a escala de
plantão elaborada pelo Judiciário.
§ 1º A escala da Região I deverá ser
elaborada pela Chefia de Gabinete e a das demais Regiões pela Chefia de cada
Promotoria de Justiça, em consenso, quando houver mais de um membro,
aplicando-se, no que couber, as regras da Portaria nº 1.559, de 25 de março de
2014, do Procurador-Geral de Justiça.
§ 2º Em casos excepcionais, sendo
primordial a presença de Promotor de Justiça em número superior ao citado nos
incisos I e II deste artigo, o Procurador-Geral de Justiça deverá ser provocado
para deliberação.
§ 3º Para efeito de publicação no Diário
Oficial do Estado, as escalas das Regiões II a VII deverão ser encaminhadas à
Chefia de Gabinete, pelo e-mail cgab@mpes.mp.br, até
o dia 12 de dezembro de cada ano.
Art. 3º O Promotor de Justiça escalado será
responsável por designar servidor para auxiliá-lo no decorrer do plantão.
Art. 4º O Promotor de Justiça que não puder
comparecer ao plantão para o qual foi escalado, deverá indicar, formalmente e
em tempo hábil, o seu substituto.
Art. 5º Será permitida a permuta entre membros
e servidores escalados para o plantão, com prévia comunicação.
Art. 6º O Promotor de Justiça plantonista
não ficará vinculado ao processo no qual tenha atuado, devendo se manifestar
nos autos durante o seu plantão e devolvê-los em cartório no mesmo dia.
Parágrafo único. No primeiro dia útil
subsequente ao término do recesso da Justiça, as comunicações e demais
documentações deverão ser encaminhadas ao Promotor de Justiça natural,
inclusive as comunicações de prisão e apreensão.
Art. 7º Havendo imperiosa necessidade do
serviço, o Procurador-Geral de Justiça, motivadamente, poderá convocar membro
ou servidor para atuar na escala de determinada Região.
Art. 8º A Administração Superior poderá
autorizar expediente em Promotoria de Justiça não plantonista, desde que
fundamentadamente provocada.
Art. 9º A Administração Superior, a
Corregedoria-Geral do Ministério Público, as Procuradorias de Justiça, a
Gerência-Geral ou a chefia imediata, verificando necessidade do serviço,
convocarão, em regime de plantão, unidade administrativa de apoio para que,
durante o recesso, mantenha expediente entre 12 horas e 18 horas.
Art. 10. Os prestadores de
serviço ficam dispensados de suas atividades no período do recesso da Justiça,
salvo se convocados pela chefia imediata e autorizados pela Gerência-Geral.
Art. 11. Os estagiários ficam dispensados de
suas atividades no período de recesso da Justiça.
Art. 12. Os membros e os
servidores que efetivamente tenham desempenhado as respectivas atividades
durante o recesso da Justiça poderão ser compensados ou indenizados na forma
das normas em vigor.
Parágrafo único. Os prestadores de
serviço convocados para o recesso da Justiça serão remunerados conforme as
normas celetistas e o disposto no respectivo contrato administrativo.
Art. 13. O Procurador-Geral de
Justiça poderá, se necessário, delegar aos Procuradores de Justiça as suas
atribuições perante o Conselho da Magistratura.
Art. 14. Os casos omissos e as
dúvidas relativas à aplicação desta Portaria devem ser submetidos, por escrito,
ao Procurador-Geral de Justiça que decidirá.
Art. 15. Esta portaria entra em vigor na
data de sua publicação, ficando revogada a
Portaria nº 7204, de 20 de novembro de 2014.
Vitória, 06 de outubro de 2015.
EDER PONTES DA SILVA
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial de 07/10/2015.